Lei do Aborto: CUIDADO COM AS PARCERIAS....
Neste Carnaval de mau gosto em que se vai transformando o cumprimento da Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez, vi há dias num jornal diário que havia apenas dois estabelecimentos privados com contratos com o S.N.S. para dar apoio aos Hospitais públicos.
E como um desses estabelecimentos tem o nome de uma santa, o que pode ser apenas uma coincidência, lembrei-me de fazer um aviso a certas pessoas.
Mas o melhor é fornecer os fundamentos da minha preocupação:
O bispo de Roma Eugénio Pacelli, que ficou para a História como Papa Pio XII, (1939-1958), ficou também conhecido como “o Papa de Hitler” por ter abençoado, pelo menos com o seu silêncio, o massacre dos Judeus nos campos da morte do regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial (e muito antes, desde que Hitler ocupou a Polónia).
Sem mais delongas, fica assim apresentado como tendo sido tudo, menos um papa progressista, tanto quanto isso possa existir (o último que tentou sê-lo, só durou 33dias…).
Pois mesmo assim, foi esse pio XII que em 1951 decidiu autorizar os católicos a controlarem os nascimentos, usando o chamado “Método dos Ritmos” (mais tarde conhecido por método Ógino Knauss), que se baseava em umas contas e umas observações da temperatura da mulher, dirigidas à regularidade (quase sempre falível) dos ciclos de fertilidade.
Por causa da sua extrema falibilidade, o método ficou também conhecido por “Roleta Vaticana”.
Mas mesmo assim, foi o fim da doutrina da igreja de Roma que proibia todo o controle da natalidade, partindo do dogma de que as relações sexuais tinham como único fim a procriação.
Se esta revolução foi feita pelo Papa de Hitler, imagine-se como era a igreja de Roma antes dele.
Mesmo durante o seu longo reinado, a estrutura era de tal forma reaccionária e anquilozada, que o Concílio Vaticano II, convocado pelo seu sucessor João XXIII, tinha como objectivo vital a limpeza das ratazanas do Vaticano, para que a igreja tentasse relacionar-se com o Mundo como ele era e não como a cúria das ratazanas queria que ele fosse. E isso era considerado tão importante e difícil por João XXIII, que se recusou a ser operado a uma doença incurável sem cirurgia, para não abandonar os trabalhos do concílio às forças retrógradas da Casa, o que acabou por abreviar a sua morte.
Vieram os anos 60, e com eles o novo Papa e também a descoberta da pílula anticoncepcional.
O Papa João, morreu em 3 de Junho de 1963.
E como um desses estabelecimentos tem o nome de uma santa, o que pode ser apenas uma coincidência, lembrei-me de fazer um aviso a certas pessoas.
Mas o melhor é fornecer os fundamentos da minha preocupação:
O bispo de Roma Eugénio Pacelli, que ficou para a História como Papa Pio XII, (1939-1958), ficou também conhecido como “o Papa de Hitler” por ter abençoado, pelo menos com o seu silêncio, o massacre dos Judeus nos campos da morte do regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial (e muito antes, desde que Hitler ocupou a Polónia).
Sem mais delongas, fica assim apresentado como tendo sido tudo, menos um papa progressista, tanto quanto isso possa existir (o último que tentou sê-lo, só durou 33dias…).
Pois mesmo assim, foi esse pio XII que em 1951 decidiu autorizar os católicos a controlarem os nascimentos, usando o chamado “Método dos Ritmos” (mais tarde conhecido por método Ógino Knauss), que se baseava em umas contas e umas observações da temperatura da mulher, dirigidas à regularidade (quase sempre falível) dos ciclos de fertilidade.
Por causa da sua extrema falibilidade, o método ficou também conhecido por “Roleta Vaticana”.
Mas mesmo assim, foi o fim da doutrina da igreja de Roma que proibia todo o controle da natalidade, partindo do dogma de que as relações sexuais tinham como único fim a procriação.
Se esta revolução foi feita pelo Papa de Hitler, imagine-se como era a igreja de Roma antes dele.
Mesmo durante o seu longo reinado, a estrutura era de tal forma reaccionária e anquilozada, que o Concílio Vaticano II, convocado pelo seu sucessor João XXIII, tinha como objectivo vital a limpeza das ratazanas do Vaticano, para que a igreja tentasse relacionar-se com o Mundo como ele era e não como a cúria das ratazanas queria que ele fosse. E isso era considerado tão importante e difícil por João XXIII, que se recusou a ser operado a uma doença incurável sem cirurgia, para não abandonar os trabalhos do concílio às forças retrógradas da Casa, o que acabou por abreviar a sua morte.
Vieram os anos 60, e com eles o novo Papa e também a descoberta da pílula anticoncepcional.
O Papa João, morreu em 3 de Junho de 1963.
Mas antes de morrer, no ano de 1962, tinha constituído uma comissão consultiva composta por dezenas de pessoas, clérigos e leigos, teólogos, juristas, médicos, casais, historiadores, para aconselhar o Vaticano sobre que posição tomar sobre o controle da natalidade.
Paulo VI, que lhe sucedeu, alargou essa comissão para 68 membros. E a Comissão, em meados de 1966, apresentou o seu relatório aprovado por 64 votos a favor e 4 contra, onde defendia que a mudança da posição da igreja naquela matéria era possível e mesmo aconselhável (dentro do espírito do Concílio Vaticano II, claro).
Nada mudou até hoje, na posição da igreja de Roma, quarenta anos depois….
Mas o Vaticano passou as décadas de 60, 70 e 80, pelo menos, a recolher avultados lucros de uma empresa que possuía, o Instituto Farmacológico Sereno, que fabricava um contraceptivo oral chamado Luteolas....
Paulo VI, que lhe sucedeu, alargou essa comissão para 68 membros. E a Comissão, em meados de 1966, apresentou o seu relatório aprovado por 64 votos a favor e 4 contra, onde defendia que a mudança da posição da igreja naquela matéria era possível e mesmo aconselhável (dentro do espírito do Concílio Vaticano II, claro).
Nada mudou até hoje, na posição da igreja de Roma, quarenta anos depois….
Mas o Vaticano passou as décadas de 60, 70 e 80, pelo menos, a recolher avultados lucros de uma empresa que possuía, o Instituto Farmacológico Sereno, que fabricava um contraceptivo oral chamado Luteolas....
(extraído de: David Yaloop, EM NOME DE DEUS – O ASSASSINATO DE JOÃO PAULO I, Publicações D. Quixote, Lisboa, 1985).
De modo que me lembrei de deixar um aviso às igrejas que andam por aí a fazer a pregação excomungante de todas as defesas da interrupção voluntária da gravidez:
Cuidado…. Com estas parcerias que há por aí no assalto ao Serviço Nacional de saúde, vejam lá não sejam accionistas de alguma clínica público-privada, público-pública ou privado-privada (desde que seja para sacar dinheiro ao Estado com a desculpa de que o estado não funciona, qualquer coisa serve), onde, afinal, se façam…..
Cuidado…. Com estas parcerias que há por aí no assalto ao Serviço Nacional de saúde, vejam lá não sejam accionistas de alguma clínica público-privada, público-pública ou privado-privada (desde que seja para sacar dinheiro ao Estado com a desculpa de que o estado não funciona, qualquer coisa serve), onde, afinal, se façam…..
uns abortozitos à factura….
Era de mau tom, não era?....