O BÊCO DA CARIDADEZiiiiNHA...
(actualizado em 1 de Fevereiro de 2011 (ver ao fundo)
Tem andado por aí no ar, nos últimos dias, um assunto que me incomoda: uma espécie e apologia santificadora, feita por políticos de direita, da indústria da caridadezinha, seja lá isso o que for.
Por um lado, porque o Governo, «exigindo sacrifícios a todos...», também vai taxar com o IVA as despesas com a construção de instalações das chamadas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), o que deu origem à algazarra do costume, sempre que algum governo tenta moderar as alegadas necessidades de apoio que essas estruturas dizem ter.
Por outro lado, porque há uma tentativa de fazer passar a ideia de que as dificuldades sociais que o País vai impôr a muitas pessoas, só podem encontrar solução nessas casas, que são na sua maioria da igrja católica, ou das Misericórdias, o que vem a ser a mesma coisa.
Só falta dizerem que é melhor cortar o Subsídio de Desemprego e as outras Prestações Sociais a todos os desmpregados e socialmente desvalidos, para que todos passem a recorrer à "sopa dos pobres" dessas casas (habitualmente designadas por Instiuições).
E aí surge a minha grande preocupação de cidadão, que setraduz na seguinte dúvida:
_____ NÃO HAVERÁ JÁ
I.P.S.S.s A MAIS???
_____ NÃO ESTARÁ ESSA "INDÚSTRIA DA ESMOLETA PSEUDOPIEDOSA"
A TORNAR-SE
GRANDE DE MAIS???
NUMA ESPÉCIE DE
ESTADO-
DENTRO-DO-ESTADO???
Também lhe chamam ESTADO PARALELO. (Ver comentário)
Nem a propósito, nos jornais de ontem, dia 10 de Novembro de 2010, vêm três peças interessantes sobre esse fenómeno:
No Diário Económico, um artigo de um Vice-Presidente do PSD, acusando o Governo de estar a sufocar as coitadinhas das IPSS (não tenho referências do artigo, porque não compro jornais diários por 1,60€, porque menos custam em França onde o Ordenado Mínimo Nacional é quase 3 vezes maior);
No PÚBLICO, vem a notícia sobre o julgamento de um sujeito, alegadamente pastor de uma outra igreja, acusado, entre outas coisas, de peculato nas funções de presidente de uma tal IPSS, com um nomezinho mesmo "à medidinha": SAMARITANOS; Vale apena ver no link do jornal, a "pinta" de tem, segundo o Minbistério Público, o SAMARITANO (a "SAMARITAR" há mais de 10 anos...)
No Jornal de Notícias, vem uma notícia mais desenvolvida sobre o dito pastor (porque a Sede é em Gaia e o JN é um jornal feito no Porto)
E vem outro trabalho sobre a distribuição de uma ajuda alimentar que vem da Comunidade Europeia, mas sobre essa escreverei outro dia.
No JN de hoje, 11/11, vem mais um desenvolvimento sobre a IPSS do pastor e a informação de que o julgamento prossegue no próximo dia 15, segunda-feira.
Vale a pena ler, para ver as coisas que uma dessas "Instituições"
DE SOLIDARIEDADE SOCIAL, DISPENSADAS DE IVA!.....) pode esconder....
Quando oiço essas pessoas exigindo tudo ao Estado, "com o peito cheio de ar", como se as suas pretensões fossem constitucionalmente irrecusáveis ou sequer discutíveis, lembro-me sempre de um dia em que, sendo eu Vogal de uma Assembleia Municipal, tive de "assentar o cabelo" a um Sr. bombeiro que veio à Sessão da assembleia defender o seu direito de lavar o seu automóvel nas instalações dos bombeiros...
E a questão que fica, é a seguinte: Alguma vez o Estado pensou ter uma estrutura de auditoria que tenha uma mínima ideia de como é gasto o dinheiro que é canalisado para essas casas? E estou apenas a pensar na excelência (ou amadorismo) da gestão que é feita. Porque não basta ser uma pessoa muito honesta e cheia de boa vontade, como todos se apresentam e vamos supor que sejam: é preciso que haja competência na boa gestão dos dinheiros, de forma que dêm o tal apoio ao maior número possível de pessoas. E eu não sei se todas essas pessoas são assim tão competentes.
Será como a praga das FUNDAÇÕES, que são cerca de 1000, mas ninguém sabe ao certo quantas são, nem quanto recebem do Estado, nem o que realmente fazem com o dinheiro?
É que acontece, que o dinheiro... é meu.
De modo que me faz "pele-de-galinha" este coro de políticos SAMARITANOS a defenderem uma coisa que nenhum saberá muito bem o que é, só porque pode dar (ou fazer perder...)
uns votozitos.... da caridadejiiinha...
Ainda alguém se lembra de uma dessas INSTITUIÇÔES em que havia uns rapazes que ninguém controlava, porque «não há dinheiro para contratar psicólogos» e que mataram um Homossexual (Gisberta),um desgraçado brasileiro que vivia na rua, a morrer de SIDA, à pancada e depois por afogamento num buraco de uma obra abandonada?
Pois bem, 7 ou 8 anos antes, o padre que era director dessa casa onde não havia dinheiro para monitorisar os rapazes, teve direito a entrevista de jornal, porque era «o padre investidor». E porquê? Porque naquela bebedeira que foi a primeira privatização de acções da EDP em que toda a gente ia ficar rica..., essa tal instituição tinha tanto dinheiro, que o seu responsável achou por bem investir na EDP, para aumentar os meios finenceiros da casa. Passados cerca de 7 ou 8 anos, não tinha dinheiro para contratar psicólogos...
Devem ter corrido mal, os investimentos mobiliários...
E o Estado, que sou eu e todos os pagantes de impostos, alimenta tudo isto...
http://jornal.publico.pt/noticia/30-01-2011/alerta-contra-os-apetites-de-protagonismo-no-apoio-social-21167654.htm
Vale apena ler o notícia no link em cima:
Ao que isto já chegou!!!
É do jornal PÚBLICO, do dia 30 de Janeiro de 2011.
Ainda o prejidente das mixinhaje...
não foi reempoxadoje...,
já esta gentinha
se dá à LUXÚRIA de dijer... que,
para desenvolverem a sua actividade,
«não podem estar dependentes da Segurança Social» (!!!!!)
mas pois claro!!!!
a Segurança Social... SÃO ELES!!!!
o Estado.... SÃO ELES!!!!.
Os parabalani...
______________// _____
MAIS UM!.... PORRA!......
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=581060&tm=8&layout=122&visual=61
SEM ANOS DE REPÚBLICA...
posted by Eugénio Goliardo at 8:28 PM
15 Comments:
Tem razão.
Recebem do Estado, recebem das pessoas, os donativos, e cobram aos utentes.
Ninguém sabe quanto encaixam.
Ninguém sabe como é gasto.
E nem todos somos bons gestores.
E berram logo, se o estado lhes pensa diminuir a "mesada"...
A chamada Máquina Administrativa do Estado, que é o próprio Estado ou ENTÃO o Estado não é nada, devia saber por onde anda e para que serve o NOSSO DINHEIRO.
Porque tem razão:
O DINHEIRO, É NOSSO.
[Eu preferia não ser anónimo, mas talvez seja melhor... Serei então neste post, o anónimo 2]
Comigo aconteceu, necessitar de apoio para rsolver uma situação com uma pessoa idosa da minha família que precisava ser acolhida em internamento.
Fui falar com o patrão de uma dessas casas, uma misericórdia e levava um bom "cartão-de-visita"...
O homem começou por me dizer que tinha muitos problemas e perguntou se eu fazia ideia de quanto custava,por exemplo, uma saca de batatas...
Percebi logo que dali não levava nada, mas lá tentei manter a conversa redonda...
E lá saí numa de «veja lá se consegue resolver isso... não lhe posso prometer nada... e tal... mas se não conseguir diga alguma coisa... e tal...»
Está a ver: na próxima visita, lá viria a manteigada do donativozinho para passar à frente, uns 500 contitos ou mais qualquer coisa, e se o meu idoso morresse ao fim de uma semana, o donativo já lá ficava, porque o donativo não tem nada a ver com o outro contrato...
E olhe que não estou a inventar nada. Há bem pouco tempo andava aí nos jornais um caso de um homem das proximidades de Viseu que, em rês semanas, ficou sem mulher e sem as economias de uma vida de pobre...
Então, eu serei o anónimo 3:
Lembro-me muito bem dessa reportagem do "padre-investidor". Foi publicada no Tal&Qual, um semanário que já não existe. Era assim uma coisa como se tivesse muita graça um padre a investir na Bolsa.
Mas também a mim me apeteceu ir lá dar-lhe um pontapé no traseiro, quando da morte do travesti Gisberta ele disse (ou alguém disse por ele), que a instituição Oficinas de s. José não tinha dinheiro para contratar psicólogos.
Então,para o que servia o dinheiro que era recebido da Segurança Social por cada um daqueles rapazes assassinos que lá estavam, oficialmente monitorizados.
Tem razão, Sem-Anos: o Estado, que somos nós, os pagantes, não sabe se aqueles dinheiros são bem gastos.
Mas os políticos e os jornalistas que podiam suscitar esse esclarecimento, é vê-los todos alinhadinhos atrás da CARIDADEZINHA.
GOSTEI DOS LINKS DA IMPRENSA. Nunca as mãos lhe doam!...
Anónimo 3
A história da saca das batatas do Anónimo 2, é bem demonstrativa da forma como aquelas casas são comandadas...
Só por curiosidade, eu gostava de saber se foi numa zona mais urbana ou mais rural. Pode dizer, Anónimo 2?
Uma saca de batatas...
É que está-se mesmo a ver para onde era que a conversa ia...
Anónimo II, para Anónimo 3:
A saca das batatas, foi numa zona mais rural.
Se fosse numa zona mais urbana, não sei com a conversa teria sido orientada... mas lá que ia dar ao donativozinho, lá isso ia, até porque eu já ia avisado...
Aconteceu em 1998, ali para as Terras de Sicó (é melhor não especificar, não vá o homem das batatas ainda lá estar sentado à mesa (sem ironia...) e arrranjar-me algum sarilho. Sabe que estas pessoas não pagam custas judiciais nem Patrocínio...
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Antes de tudo,
O meu agradecimento aos ANÓNIMOS que deram importância ao tema e contributos para a discução.
Vale a pena ler o PÚBLICO de hoje, 15 de Novembro: na página 37, o Cronista Francisco Sarsfield Cabral, (também citando Freitas do Amaral) chama a atenção para um "ESTADO PARALELO",isto é, um universo de despesas do Estado, feitas por numerosas organizações, cuja dimensão, fins e utilidade, verdadeiramente ninguém conhece.
Infelizmente, Sarsfield Cabral elenca apenas «empresas municipais,institutos, fundações, e até soiciedades anónimas, sem qualquer controlo do Tribunal de Contas. Nem se sabe ao certo quantas fundações são financiadas pelo estado»
(...) «é urgente combater o "Estado paralelo", um cancro que poderá dar cabo do país».
Diz o Cronista, que um projecto de lei sobre fundações encomendado pelo Governo a Freitas do Amaral, está na gaveta há um ano.
Pois venha de lá essa Lei sobre a regulação das fundações, e que se apliquue também às IPSS!!!
Quanto mais não seja, porque as funções de algumas se interligam. Conheço mesmo algumas, que hoje dão pelo "rótulo" de fundaçõers mas começaram por ser, e ainda são, IPSS.
E repito: simplesmente porque ninguém sabe da capacidade de gestão que cada um dos seus "patronos", ninguém sabe ao certo se esse dinheiro,
que é NOSSO,
se traduz na "riqueza SOCIAL" que era suposto produzir.
Em 2010,
___ por cada criança internada em centros de emergência infanti, o Estado paga à I P S S €=469,11;
___ por cada jovem internado em lares de apoio a jovens em risco, o Estado paga €=667,88;
Ultimamente, aparecem de vez em quando umas pessoas que se dizem representantes de umas dessas organizações que estão a fornecer ajuda a muita gente, «três vezes mais que no ano passado» e outros números assim muito elucidativos..., mas vêm com uma conversa nova que é de umas tais pessoas que pedem ajuda mas não querem ir aos locais onde isso costuma fazer-se, porque têm vergonha e pedem para serem atendidas em "privado".
Se a moda pega, um dia destes estão a exigir ao Estado que lhes dê meios para daream ajuda a um dado número de pessoas, mas que ninguém sabe quem são... nem quantas são... porque elas têm vergonha de se mostrarem...
Ficaremos, nós os pagantes, sem nunca saber ao certo quantas são e para quê e por quê pediram ajuda...
Será sempre para alimentar os filhos?
Ou será que algum desses "novos-pobres envergonhados" vem pedir ajuda financeira para a ração do cavalo?...
Foi publicitado esta semana e teve tratamento de 1ª página hoje, 29 de Janeiro de 2011 no Jornal de Notícias, que existe uma autêntica máfia "social" na Alemanha que recolhe da tutela dos tribunais crianças e jovens chamados "em risco", isto é, que deixaram de ter uma família estruturada capaz de os manter e proteger.
São "exportados" para Portugal, onde estiveram ilegalmente até há pouco tempo, desde há cerca de 20 anos, entregues a pessoas, em alguns casos de mau carácter, que os mantêm praticamente "prisioneiros" em más condições, e recebem do Governo alemão entre 3000 e 5000 Euros/MÊS por cada um.
É O QUE ACONTECE EM PAÍSES ONDE O ESTADO DELEGA AS SUAS FUNÇÕES SOCIAIS NAS MÃOS DE PSEUDO-PROTECTORES DOS NECESSITADOS.
ESSA PRAGA, ESTÁ COMEÇANDO A CRESCER EM PORTUGAL.
http://jornal.publico.pt/noticia/30-01-2011/alerta-contra-os-apetites-de-protagonismo-no-apoio-social-21167654.htm
Coitadinnhojeee!... dos "industriais" da CHULICE PEDINCHEIRA... ESTÃO A FICAR COM O "SINDROMA DO ROUBO DO TERRITÓRIO"...
Ai!... que não vá alguém querer parecer mais mijericordiojo do que eles!....
E empregam muita gentinha!... e muitas mulheres com mais de 40 anos de idade!... Poiiije!.... Eu quero ver quantas mulheres com mais de 40 anos é que eles empregam, quando elas começarem a ficar de baixa por doença...
AH... poijééé!... Para ejerxerem a xua actividade beneméritaje... «não podem estar dependentes da Segurança Social«!!!! Mas pois claro!!! ELEJÉQUXÂO A XIGURANXA DOS PÓBRJINHOJE....
Ao que esta merda deste País chegoi....
Em Penafile, parace que está mau... anda por lá a Polícia Judiciária à procura de uns dinheiros numa DESSAS CARIDADEJiiiNHAS...
Já lá estamos!!!!
Agora querem até transformar as Misericórdias em distribuidoras dos subsídios!!!!
Eu sabia que caminhávamos para uma grande desgraça política; mas nem eu pensei que fosse tão grande!!!
Vão pôr os desempregados a rastejarem para receber aquilo que é seu!!!
Saiu hoje (27 de Juhos de 2011) no jornal I
A caridadezinha, sempre foi a capa e a malga dos canalhas. Há mais de 1700 anos que isso é assim.
Mais um!!!!
PORRA!!!!!!!
Distância!... desta gente!!!!!!
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=581060&tm=8&layout=122&visual=61
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